A economia solidária como estratégia de resistência e alternativa à crise do capitalismo, na luta pela radicalização da democracia. Esse é o lema da VI Plenária Nacional de Economia Solidária, organizada pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) que começou na terça-feira, 06, e reúne delegações de 26 estados até essa sexta-feira, 09, em Brasília. A atividade é a culminância das etapas estaduais e da primeira etapa nacional que aconteceu de forma virtual no mês de agosto.
A agenda conta com 225 representantes de empreendimentos de economia solidária, entidades de apoio e fomento, gestores públicos e militantes alinhados no propósito de uma economia do bem viver, a partir das necessidades e sonhos do povo, das comunidades, como alternativa à uma economia capitalista excludente, conforme o documento orientador da VI Plenária.
De forma emblemática, a Plenária do FBES volta a ser realizada nacionalmente após 10 anos, no momento de transição para o Governo do presidente Lula e de renovação da esperança. Nesse sentido, os participantes trazem para o centro do debate o fortalecimento da Economia Solidária, dos movimentos e das políticas públicas para respostas efetivas aos problemas da classe trabalhadora no contexto de ampliação das desigualdades, agravamento da fome da insegurança alimentar.
A organização do evento nacional teve início em 2018, mas não avançou em função do contexto político nacional e da pandemia.
Discussão – Dentre os principais debates do evento, a criação de um grupo para acompanhar o Projeto de Lei da Economia Solidária que tramita no Congresso; A defesa de liberdade de organização e inclusão da Unicopas como entidade de representação do cooperativismo solidário; a criação de um grupo de trabalhar para discutir questões relacionadas à seguridade social das pessoas que trabalham nos empreendimentos da Economia Solidária.
“Depois de todas as etapas, a gente chega na Plenária Final com um resultado representativo e fecha o documento final, ao mesmo tempo que estamos de olho na transição, qual o nosso lugar na política, quais são as estruturas, quais são as ações, e estamos como equipe acompanhando esse processo. O Fórum está vivo e a gente consegue pautar a política com toda essa representatividade que a gente tem aqui trabalhando”, celebra Débora Rodrigues, da Ong Vida Brasil (Bahia), e integrante da equipe organizadora.
Destaque – O encontro contou com uma participação expressiva de jovens, representando as diversidades socioculturais, defendendo as pautas das juventudes de cada estado e provocando a renovação do movimento da Economia Solidária. Em paralelo ao evento, aconteceu a plenária da Rede de Juventudes e Economia Solidária – (JUVESOL), com objetivo de socializar as experiências das juventudes com a economia solidária e reanimar o coletivo nacional para incidir nos processos de articulação política. Na sexta feira (09), jovens delgados de nove estados, reuniram-se com o GT de Juventudes do Governo de Transição do presidente Lula, fazendo a entrega de uma carta de reinvindicações a equipe do GT,, visando garantir o tema da economia solidária como estratégia nas políticas de juventude.
Texto: Lourivânia Soares Santos – jornalista, militante da Economia Solidária e Feminista e Ediane Bispo – Comunicação/Cofaspi