As implementações de tecnologias sociais para consumo humano, também conhecido como primeira água, através da cisterna de consumo humano, são reservatórios de captação e armazenamento de água da chuva, com capacidade para armazenar até 16 mil litros, construída com placas de cimento, para famílias de baixa renda que moram na zona rural do Semiárido baiano e não tem outras fontes de água potável para consumo humano e muitas vezes são sujeitos/as a se deslocar quilômetros para conseguir água em tanques ou represas, na maioria das vezes sem qualidade.
Dessa forma, COFASPI, vem contribuindo para melhoria da qualidade de vida das famílias que vivem no campo através do Projeto Cisterna: Captação de Água da chuva para Consumo Humano no Semiárido Baiano, que construiu 1.119 cisternas, entre 2012 e 2014.
O objetivo principal do Projeto Cisternas é contribuir para a melhoria das condições de vida e saúde de famílias no semiárido baiano, através da captação e disponibilização de água de qualidade para consumo humano. Os participantes do Programa são famílias de baixa renda da zona rural de municípios do semiárido brasileiro, que não tinham acesso a fontes de água ou meio suficientemente adequado de armazená-la para o suprimento das suas necessidades e que seja enquadrada nos critérios de elegibilidade do CAD Único e Programa Bolsa Família, do Governo Federal.
O Projeto foi executado pela COFASPI, por fruto de um convênio celebrado com o Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (SEDES), com o apoio do Ministério Social e Combate á Fome (MDS). Com estas ações, pessoas atendidas pelo projeto nos municípios de Serrolândia, Jacobina, Caém, Miguel Calmon, Mirangaba, Umburanas e Várzea Nova, participaram da capacitação de Gerenciamento de Recursos Hídricos (GRH), com temas diversos para as famílias, pedreiros, agentes comunitários de Saúde e Endemias, Jovens e monitores de GRH.
Tecnologias sociais de produção de alimentos
As construções das tecnologias sociais para captação e armazenamento de água da chuva para produção de alimentos e criação de pequenos animais, são estratégias de convivência com o Semiárido para agricultoras/es, que buscam no seu dia a dia alternativas para permanecer com qualidade e dignidade no campo e de lá tirar seu sustento. Essa ação caminha junto com um processo de formação e mobilização para que o povo do Semiárido acesse de fato a água e a terra como um direito, democratizando os mesmos.
Dessa forma, a COFASPI vem contribuindo nesse contexto através de projetos, que levam esse processo de construção participativa, na qual o/a agricultor/a tem possibilidade de construir junto, além de interagir e trocar experiências em capacitações e intercâmbios viabilizados nos projetos, compartilhando experiências.
A importância dessas tecnologias é garantir que agricultores/as familiares continuem produzindo mesmo em períodos de estiagem, promovendo assim, soberania, segurança alimentar e nutricional e a geração de emprego aos envolvidos, através do acesso e manejo sustentáveis da terra e da água para produção de alimentos, respeitando a natureza e suas potencialidades através do manejo sustentável da terra e da água para produção de alimentos.