Texto: Luna Layse Almeida – Comunicação COFASPI
As chuvas dos meses de novembro e dezembro em cidades da região Piemonte tem animado as famílias agricultoras que participaram da etapa aditiva do Projeto Mais Água II. Foi durante os meses de março a agosto, que a equipe técnica da Cooperativa de Trabalho e Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte (COFASPI) implementou 171 Barreiros Trincheira Familiar, em cinco cidades do interior baiano, pelo projeto que é financiado pelo Governo do Estado da Bahia, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional/Secretaria de Desenvolvimento Rural; e pelo Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
“Aqui deu uma chuvada boa, meu barreiro encheu. Olha que lindo!”, se encantou o agricultor Alailton, da comunidade Barracas, que fez registros com fotografias e vídeos para mostrar a quantidade de água armazenada no Barreiro Trincheira Familiar implementado na propriedade onde mora, em Ponto Novo/BA. Outras famílias como as de Jenival Rodrigues e a de Valdir Carvalho, que moram nas comunidades Umbiguda e Queimada Grande, em Mirangaba/BA, também fizeram registros, em vídeos, dos barreiros já cheios e ‘sangrando’, aumentado a expectativa das agricultoras e agricultores para ampliar a criação animal e produção agroecológica de alimentos, possibilitando o acesso à soberania e segurança alimentar e nutricional, além de ter disponibilidade de água para dessedentação animal.
Os Barreiros Trincheira Familiar têm capacidade para armazenar 600m³ de água. Além de implementar a tecnologia, a equipe técnica da COFASPI também realizou formações e intercâmbios de experiências, previstos pelo projeto, com o intuito de promover diálogos sobre agroecologia, soberania alimentar, políticas públicas, associativismo, bem como, sobre a gestão e uso racional da água para produção.
Desafios para os próximos anos – Desde 2016, os cortes de recursos do Governo Federal para as ações e projetos de Convivência com o Semiárido tem preocupado as famílias agricultoras que lutam pela continuidade e avanço das ações e projetos na região. O acesso a direitos básicos e políticas públicas é fundamental para a permanência no campo com vida digna e para o trabalho das famílias agricultoras que são responsáveis pela produção de grande parte dos alimentos consumidos por brasileiras e brasileiros.
