Agricultores e agricultoras das comunidades de Várzea da Porta, Várzea Redonda, Várzea Dantas, Várzea do Boi e Zé da Costa, do município de Caém-BA, intercambiaram saberes e experiências no Dia de Campo: Produções e Beneficiamento na Agricultura Agroecológica, do projeto Ater Agroecologia.
Em Várzea da Pedra/Porções, a caravana foi recebida por Rogério Silva e Izabel Santos que apresentaram a experiência da agroindústria Sabores da Caatinga, que beneficia a produção dos quintais agroecológicos para temperos caseiros e frutas da região como o umbu, cajá e a acerola para produção de polpas, picolé, entre outros.
Durante a visita os agricultores/as puderam conhecer os processos produtivos e burocráticos e refletir sobre a história, luta e sonhos do grupo para fundar a agroindústria, bem como os desafios para acessar mercados de comercialização. Após conhecerem as instalações da agroindústria, debateram sobre a importância das parcerias, do apoio da comunidade, da união e organização coletiva por meio do associativismo para o acesso às políticas públicas e superação dos desafios.
A Sabores da Caatinga é gerida pela Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa da Bahia (CPC), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), e recebeu investimentos em equipamentos por meio do projeto Pró-Semiárido do Governo do Estado da Bahia.
Seguiram para a comunidade Tigre onde conheceram o Canteiro da Agrobiodiversidade, e finalizaram o dia de campo na comunidade Várzea da Farinha, conhecendo o Sistema Resiliente do projeto Sementes Crioulas – Patrimônio dos Povos a Serviço da Humanidade -, iniciativas do Movimento dos Pequenos Agricultores e que também têm o apoio do Fida e do Pró-Semiárido.
Nos Canteiros da Agrobio integra tecnologias como placa solar e sistemas de reuso de água da cozinha das famílias, que é reaproveitada para abastecer canteiros que reproduzem mudas das mais diversas espécies de plantas da caatinga e culturas alimentares adaptadas à região, a partir de sementes crioulas, como milho, feijão. Já o Sistema Resiliente ousa na recuperação e nutrição do solo com o plantio dessas mudas. São experimentos que promovem a valorização da biodiversidade local, o resgate das sementes tradicionais evitando a extinção de determinadas espécies, a recuperação de áreas degradadas e a conservação ambiental.
O Dia de Campo integra as atividades previstas do Ater Agroecologia e objetiva proporcionar às famílias agricultoras interação e trocas de saberes para que também se sintam motivadas a multiplicar as experiências em suas comunidades.
Ater Agroecologia – projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural Agroecológica financiado pelo Governo do Estado, por meio da Bahiater/SDR @bahiater @sdrbahia, realizado com assessoramento técnico da Cofaspi. No município de Caém, as famílias agricultoras são acompanhadas pelo técnico Marcelo das Mercês.
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Texto: Ediane Bispo – Comunicação Cofaspi / Fotos: Ediane Bispo e Luna Layse – Comunicação Cofaspi