Agricultores são capacitados para obter Certificação Orgânica Participativa

Agricultores/as familiares dos municípios de Mirangaba, Ourolândia, Saúde e Umburanas estão sendo capacitados para a formação de Grupos e Núcleo para Certificação Participativa e acesso ao Sistema Participativo de Garantia (SPG).

A terceira etapa da formação, que vinha ocorrendo de forma online por causa da pandemia do covid19, aconteceu terça-feira 02/02, no Assentamento Vila Nova, município de Ourolândia, com agricultores representando os Territórios Rurais de Umbuzeiro, Boa Esperança, Maparium, Paraíso, Vale das Barrigudas e Cantagalo, de abrangência do projeto Pró-Semiárido e que são assessoradas pela Cofaspi.

 

No encontro discutiram o módulo III, que envolve as etapas do preenchimento de formulários, o trabalho em grupo, desenho e mapeamento dos subsistemas e visita de pares, que consiste em conhecer e conferir toda a produção da unidade de produção familiar de cada integrante do grupo. Os agricultores/as que participaram da formação, serão multiplicadores dos conhecimentos e contribuirão com a formação dos grupos em suas comunidades.

 

A formação é facilitada pela Rede de Agroecologia Povos da Mata (@povosdamata), mediante convênio com o Pró-Semiárido, projeto do Governo do Estado, implementado através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Rural (@sdrbahia).

O processo da certificação envolve um conjunto de procedimentos que visam garantir a qualidade de determinado produto, de acordo a Lei 10.831/03, que torna obrigatório a certificação da produção orgânica em toda a sua cadeia produtiva, desde a produção, beneficiamento, transporte, comercialização até o armazenamento.

   

A certificação participativa representa um avanço para os agricultores/as familiares, facilita a comercialização, o acesso à mercados, mais autonomia e geração de renda, e a garantia da segurança alimentar, para a família produtora e para os consumidores, uma vez que a certificação garante credibilidade aos seus produtos e a validação de que são produzidos de maneira orgânica e agroecológica.

  

Para Paula Ferreira, facilitadora da Rede Povos da Mata e produtora orgânica certificada pelo núcleo Raízes do Sertão, “o processo de certificação participativa promove o protagonismo, empoderamento e autonomia financeira e política dos/as agricultores/as” pois é construído de maneira coletiva, com base nos princípios da confiança, ética, solidariedade, em que os próprios agricultores realizam o controle social, juntamente aos consumidores, fornecedores e técnicos.

    

Texto e Fotos: Ediane Bispo – Coletivo de Comunicação da Cofaspi

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